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sábado, 7 de outubro de 2017

Faz da escrita a minha voz


Palavras que ficaram por dizer
Confusões por resolver
Paradoxos da vida
Que não nos deixam viver


Tenho as palavras medidas
Imagino como se falar
Que frases posso usar
Estão todas aqui, trancadas no meu pensar


E pesa
E continua a pesar
Quero fugir
Do que devo enfrentar



~


Não posso! Não me posso deixar
Permitam-me correr!
Objetivos alcançar!
Não posso parar, se quero sobreviver

Quando ficares sem fôlego
Irás perceber
A dor que sinto
E tento esconder

Esconder é difícil
Afogas-te em ti
Sentenças acorrentadas,
Super descontroladas

Afundão, um poço sem fim
Afundindo, no afundão
Será que me contenho
Ou ouvir-me-ão sem interrupção?

Escrevo com o lápis
O que me vai na mente
Aquilo que da boca não sai
Mas que o coração sente

Escrevo-te porque quero que o saibas
Faz da escrita a minha voz,
Perco as forças, vou com a corrente
O meu corpo vai-se arrastando para a foz

No limite entre o rio e o mar
A corrente começa a cessar
Estou calma, poli os sedimentos
A água transparece o olhar

Um fio de voz surge
Respiro, bem fundo
No meio de letras desenhadas
Nado num oceano profundo





Imagens: Kokoro ga Sakebitagatterunda
/recomendo/

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